Tenho uma colega que é, assim, a modos que engraçada.
Depois de um exame matinal bem estúpido, o pessoal teve que ir comer a algum lado e foi-se logo enfiar no tasco mais cheio que havia nas redondezas.
Logo que lá entrou, a moça saiu disparada para um canto do restaurante, deixando todos os seus pertences para trás, certamente tinha visto uma mesa onde coubessem 10 macacos jurídicos.
Não, não, nem pensar.
A rapariga tinha visto um moço que achava giro ao fundo da sala e portanto toca de ir a correr para lá, na esperança, dizia ela, que ele a deixasse sentar na mesa dele.
Tentando não pensar no dever geral de urbanidade e correcção a que já se está vinculado a esta altura do campeonato, ainda pensei em chamar-lhe parva.
Mas depois lembrei-me da minha própria cara de parva quando, no meio do metro, um bófia brasa e bom nas horas, muito simpaticamente, se dirigiu à minha pessoa e me disse para fechar a mala por causa dos carteiristas e que a minha pessoa, em vez de agradecer, ficou especada a olhar para a autoridade, pensando no que poderia acontecer se, de repente, deixasse a carreira judiciária para me dedicar à patrulha de cidadãos na esquadra do Marquês de Pombal.
E não disse nada.
O que é que me falta para ter a inimputabilidade plena?
Nem mais, a sentença.
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