Noites sem dormir, umas a trabalhar, outras a pensar na vida.
Eis que chega o dia em que escrevinhar numa folha de papel todas as sabichanices que se aprendeu é mister.
Eis que encaminha pesadamente pela rua fora até ao Antro para tentar terminar o que se começou.
Quem se encontra de imediato?
Queixinhas.
Vem, no seu passo que pretende ser gingão, mas não transparece mais do que tropeção momentâneo combinado com paralisia muscular permanente, com um sorriso no canto dos lábios, que é como quem diz com a boca num esgar torcido de quem foi vitima de avc, encosta-se ao balcão, com seu ar namoradeiro, a piscar o olho à senhora do café, e a olhar em volta para ver quem está.
E cruza olhares com toda a gente naquela sala, não porque os conheça ou porque queira cumprimentar alguém, é só mesmo para mostrar que ali está. Não percebe que é invisível ou que não interessa ao c*r*lho mais velho.
E depois olha para uma mesa ao fundo, onde folhas e livros abertos anunciam trabalho de última hora e apontamentos numa Constituição anotada pelo proprietário se vislumbram de longe, e não consegue evitar um trejeito de, enfim, triunfo. Aquele trambolho que ali está é quem lhe devia ter furado os pneus da viatura quando lhe foi sugerido. Com que então, segunda época... Lixam-se sempre, os espertinhos.
Pois é, cabrão, e a existência daquele trambolho teria sido tão mais feliz se tivesses morrido à nascença.
Ave de agoiro.
E o exame parece não existir porque ninguém o fez, e como 30 pessoas na pauta não representam nada, há que esperar.
Exame atrasado 3 horas e meia, para depois aparecer um senhor muito mal disposto de o terem feito vir trabalhar, que bufa o tempo todo e finge que não vê gente a copiar do livro.
Nada a ver, mas a culpa é definitivamente do Queixinhas, que imunda tudo por onde passa.
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