E no último ano, as coisas correm mal.
E no último semestre, vira-se tudo de cabeça para baixo.
E na última semana, não podia ter sido pior.
Sensação de morrer na praia.
Depois de todos estes anos, chegar ao fim e perceber que nunca se deveria ter começado.
Depois de tudo o que se passou, ainda não chega, há-que espetar mais uma faca no moribundo.
Depois de tudo o que foi, continua a ser.
Perceber que não se dá mais porque não se pode.
Porque não se tem.
Porque não se é.
Não se é bom o suficiente.
Não chega, não basta, é preciso mais, e não há.
Nunca houve. Nem vai haver.
Bem vindos à dança macabra do método b, em que os concorrentes descalços dançam, já se está mesmo a ver, em cima de cacos de vidro aguçado.
Acaba-se como se começou.
Como foi o primeiro dia, assim há-de ser o último.
Este é o início do fim, em que os sobreviventes tombam depois da batalha, com o fim da guerra já próximo. E em que quem nada tem que se queixar, queixa-se, pois então, porque são desgraçados, coitados e miseráveis. Quem se limitou a sobreviver sabe que, mais tarde ou mais cedo, a sorte acaba-se e dá lugar àquilo que já devia ter acontecido há muito, muito tempo.
Os Escapistas sobrevivem, mas não triunfam.
É a dança, a dança do método b.
Ámen.
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