Óptimo.
Excelente.
Maravilhoso.
Fantástico.
Para lá de estupendo.
Não que me esteja a queixar, nem nada que se pareça (estou, pois).
Quem de dera que todos os anos se lembrasse de ser generoso como está agora a ser.
Quem de dera que todos os anos se lembrasse de ser generoso como está agora a ser.
Porém, há que ser pragmático.
Nada está a funcionar hoje.
Nada.
Absolutamente nada.
Nem instituições públicas ou privadas.
Ninguém trabalha nesta cidade.
Neste edifício, somos os únicos que cá estamos.
Custa muito mais ter esta espelunca a funcionar, com os gastos de água e energia, do que fechar as portas - para todos - um mísero dia.
É que, embora o pessoal seja exímio na arte de disfarçar e fingir que tem imenso trabalho, todos sabemos que não há grande coisa para fazer - basta ver a facilidade e a descontração com que toda a gente se encosta aos umbrais das portas das salas uns dos outros, a conversar sobre a falta de gasolina e os folares da Páscoa.
Portanto, estamos a consumir recursos a fingir que trabalhamos, o que não deixa de ser cómico, é evidente, mas também é só parvo.
Moral da história: O QUE É QUE ESTAMOS TODOS AQUI A FAZER, CARALH*?
Foi aqui que vim parar.
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