quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Cenas de porrada desde sempre despertaram em mim muita curiosidade.

Que me recorde, acho que nunca assisti de perto a nenhuma.
Já estive presente em situações que quase resvalaram para as vias de factos, já cheguei a segurar gente que queria bater noutras gentes, já assisti ao rescaldo da porrada, tendo vislumbrado, muito ao longe, dentes partidos e rostos ensanguentados, mas ver, ver mesmo alguém a andar ao biscoito, nunca vi.

E gostava deveras, estas é a verdade.


Tenho ideia que a coisa não se passa exactamente como nos filmes, em que cada cena de distribuição de fruta é uma sequência magnífica de passos de dança e quem é atingido com um murro ou um pontapé fica sempre na boa e com força suficiente para retaliar e partir o adversário ao meio.
Nada disso.
Tenho, ao invés, a firme convicção que se alguém assentar um murro, pontapé ou cabeçada noutro alguém, essa pessoa já não se consegue levantar mais e fica a ver estrelas durante um bom bocado.

E depois vejo estas cenas e não percebo como é que é possível levar não sei quantos sopapos e continuar de pé. Ou levar com uma cadeira nos cornos e não ficar em coma. Como é possível, afinal?
Acrescente-se que ver cenas de porrada, para a minha pessoa, é o delírio porque só me dá vontade de rir.
Muito.
Demais.
Como uma hiena ébria, é preciso frisar.

Talvez a pergunta que se impõe é, porque não estás tu a trabalhar em vez de estares a perder tempo com filosofias da tanga, mas isso não vem ao caso.

Certo?

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