Não creio ter percebido bem este livro...
A súmula afirma que retrata a vida de Francisca Pizarro, filha do Conquistador do Peru, herdeira de uma imensa fortuna e uma mulher que marcou a vida da colónia não sem antes marcar a sua geração.
Ora, tendo em conta que 2/3 do livro retratam, afinal, as movimentações políticas da conquista e as desventuras de todas as personagens que rodeiam a personagem principal sem nunca a mencionarem, não me parece que seja um retrato muito esclarecedor nem relevante para a suposta dimensão e marco que esta mulher deixou no seu tempo.
O último terço do livro revela, finalmente, a vida de Francisca. O que, segundo o que me foi dado a entender, consistiu num casamento com o seu tio para preservar a fortuna de família, teve uns quantos filhos que casaram com pessoas igualmente ricas e, no fim da vida, já viúva, casou um um moço uns trinta anos mais novo e fez uma vida de fausto. Basicamente marcou a o seu tempo porque era mestiça, filha de um espanhol com uma inca, numa época em que, como se sabe, os nativos dos povos conquistados pouco mais eram que animais. O que, para a época, já não foi coisa pouca, atenção.
Coisa pouca foi esta obra que sobre ela fizeram, numa leitura densa, cheia de nomes praticamente idênticos que ninguém fez esforço em destrinçar, com pormenores irrelevantes e amiúde enfadonhos.
Uma pena quando o nome do autor soa mais alto que a obra escrita...
Sem comentários:
Enviar um comentário