Sempre fui uma moça que gostei de fazer anos.
Gostava da antecipação, dos mimos, dos bolos, dos presentes, da festa.
Planeava este dia com semanas de antecedência, preparava tudo ao pormenor, a roupa a vestir, o programa do dia, tudo e mais um par de botas porque gostava mesmo da data.
Pela primeira vez, este ano não me apetecia fazer anos. Não me apetecia festa, não me apetecia bolos, nem mimos nem presentes.
E nada relacionado com a aproximação aos 30 anos.
Só queria desaparecer.
Porém, não me deixaram. Nem marido, nem pais, nem amigos, nem família, nem colegas.
Juntaram-se todos à minha volta e todos, à sua maneira, deram-me um dia magnífico. Mesmo eu não merecendo.
Moral da história: nunca mais me queixo da vida. Tenho pessoas que gostam de mim. E essa é a melhor prenda que já recebi.
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