Antes de sermos advogados, somos todos, com toda a certeza, sem sombra de dúvida, inevitável e irremediavelmente, uma cambada de mitras.
E gulosos. E um bocadinho sebosos, também.
Naquela casa não pode haver um cheirinho a queijo, chouriço e pão quentinho que tem tudo que largar o que está a fazer e ir provar.
E passa-me aí a broa, e chega-me aí uma cerveja, e não comas o último bocado da chouriça que também quero, e ir trabalhar que é bom, nada.
Antes de sermos advogados, somos portugueses. E, como tal, damos o rabo e oito tostões para não ter que trabalhar. Se não tivermos que trabalhar e pudermos comer que nem abades no meio do horário de expediente, melhor ainda.
Porque somos todos filhos daquela terra. Mitras que dói.
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