terça-feira, 12 de março de 2013

Ai as Idades Parvas, as Idades Parvas ...

Vi no telejornal, a propósito do concerto do Justin Bieber no Pavilhão Atlântico, uma moçoila nos seus 13 ou 14 anos com nada mais nada menos que seis tatuagens deste artista.

Receando ter ouvido mal, fui fazer uma pequena pesquisa por essa web fora. Encontrei mais do que estava à espera.

Percebo perfeitamente as pancadas com ídolos na adolescência. A sério que sim. Também as tive. Backstreet Boys, a onda gigantesca de mitrice e pimbalhada em forma de 5 marmanjos com caras de parvos e corpos de sonho, e está tudo dito.

 E depois vieram outras. Não de música pimba, claro. Uma delas nunca me passou, até aos dias de hoje. Percebo o que é uma pessoa que, ainda por cima, nestas idades, em que tudo tem uma importância multiplicada, querer ir ver o seu artista de eleição, a electricidade a correr pelo corpo, a ansiedade de ver o seu deus pessoal por perto. É impagável.

Até percebo a vontade de tatuar os nomes dos ídolos no corpinho.
Eu própria, se me deixassem naquela altura, também tinha pintado nas trombas RAMMSTEIN em letras garrafais.
Mas o 'problema' é que vivia com mais duas pessoas que não acharam graça nenhuma ao facto de terem uma filha com letras tatuadas na testa. Na testa ou em qualquer lado, a bem da verdade.

E, novamente em abono da verdade, e ainda continuando a amar a banda, não sei qual seria a graça de ter o nome de uma banda no corpinho; imagine-se que, de hoje para amanhã, lhes dava uma coisinha má na carapuça e começavam a fazer música foleira?! Andaria eu na rua com o corpo ao léu para toda a gente ler uma tatuagem em homenagem a uma banda pirosa?! F*da-se! Já para não falar do facto de os gostos musicais mudarem com a idade, mas isso é um pormenorzeco da treta.

A minha pergunta é só uma: onde estão os pais desta miúda? Onde estavam quando a deixaram fazer este disparate?
Daqui a uns dois ou três anos vai-se arrepender amargamente daquilo que fez, é tão certo como como o Vitor Gaspar não saber a tabuada toda. E depois ... depois não há nada a fazer. Nem sequer a mãezinha para dizer 'eu bem te avisei', porque, com toda a probabilidade, foi a mãezinha (ou paizinho) que estavam com ela quando as seis desgraças aconteceram.

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