Chego à ilustre conclusão que o mundo anda doido. Ou, pelo menos, mais doido que o costume.
Para qualquer lado que me vire, está uma moça de esperanças.
Para qualquer sítio a que me desloque, está uma mulher grávida.
Em qualquer local observado, está uma gaja com a barriga inchada e um puto lá dentro.
Até no raio da blogosfera, anda tudo grávido!
A senhora minha mãe, então, anda louca com tanta ideia de miudagem a sair das entranhas de sua querida filha; não há um único dia que a senhora não me venha chatear com isto, de todas as formas possíveis e imaginárias, umas mais subtis, outras nem tanto.
Olha aqui este nome para bebé, não achas giro? Vi nos saldos uns sapatinhos de bebé, tão queridos... Convinha que te despachasses, filha, já não caminhas para nova. Não me dás um netinho, filha?
Nestas alturas, a minha pessoa perde a paciência com tanta conversa fofinha e começa automaticamente aos coices, em todas as direcções.
Apetece-me dar uma de Seguro e perguntar qual é a pressa?
Mas há alguma corrida a decorrer para quem tem filhos primeiro?
Não há por aí uma crise económica qualquer que trouxe a miséria e o desemprego?
Não há por aí umas coisas que se usam para não ter filhos?
Não há por aí uma cacadeira para enfiar uns chumbos nos cus das pessoas que passam a vida a evangelizar outras para fazerem bebés?
Apre, que é demais!
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