Não que seja grande apologista de definição hierárquica e criação da barreira de classes, mas situações as há em que, infeliz e incontornavelmente, serão necessárias.
Só para as pessoas não se perderem e não andarem feitas baratas tontas às turras às paredes só porque não sabem muito bem o caminho ou não sabem muito bem o que é suposto ser feito.
É chato, é uma perda de tempo e dá muito mau jeito.
Já para não falar no mau aspecto, mas isso já será outra conversa.
Portanto, meu caros, se querem que a pessoa adopte uma determinada postura ou conduta, se querem que ela faça determinada coisa, se pretendem que seja seguido um certo caminho, não podem estar constantemente a dar a ideia de que não era bem isso que se queria, que era mais ao lado, tratando-os como se fossem cachorrinhos fofos ou atrasadinhos mentais se, a final, lhes assacam as responsabilidades como se fossem gente crescida.
Ou se é ou não se é.
Ou se é sempre, em qualquer circunstância, ou não se é em momento nenhum.
Porque ser só quando dá jeito ter alguém em quem deitar as culpas e descarregar as frustrações, desculpem lá a minha franqueza, mas é um bilhete só de ida para a puta que vos pariu.
Porque ser só quando a merda aparece feita e, mesmo não sendo culpado, se é a única pessoa por perto com ar de culpa, faz tanto sentido como ir regar uma flor de plástico.
É como voltar àquelas idades do armário, que não se pode sair à noite nem andar por onde bem nos apetece, mas que já se tem responsabilidades como não deixar morrer o canário à fome ou tirar boas notas ou portar bem ou ir dar um beijinho àquela tia de bigode. Só exigências, nada de retorno. Só paulada, nada de cenoura.
Portanto, e não querendo instituir classes e estruturas em lado nenhum, façam favor de se ir foder e, de caminho, terem tino, pode ser?
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