Maneiras que as sementes de chia são aquela coisa que, para além de andar na moda, serve para tudo e mais um par de botas e, simultaneamente, não tem utilidade nenhuma. Ai que faz muito bem, ai que é superalimento, ai que faz bem aos gazes e todas as patranhas que gostam de nos enfiar pelo olhos dentro, como se fossemos todos estúpidos (que somos) que vão atrás de qualquer idiotice que nos digam (e vamos).
Maneiras que ando a enfiar aquela porcaria nos iogurtes e na fruta e fingir que fico extremamente saciada com tal lanchinho.
Maneiras que as sementes de chia são coisinhas pretas minúsculas que se enfiam em sítios recônditos e têm muita dificuldade em sair de lá.
Maneiras que fui fazer uma reunião com um cliente com uma puta de uma semente de chia enfiada entre os dentes da frente, toda alegre e confiante, sem dar por isso.
Maneiras que só dei por isso quando cheguei a casa e olhei para o espelho.
Maneiras que rezei muito para que aquela sementinha tenha ido parar ali apenas nos últimos cinco minutos e não tivesse estado alojada uma tarde inteira naquele sítio.
Maneiras que voltei a rezar muito para não ter sorrido para ninguém durante a reunião.
Maneiras que voltem ao título, por favor.
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