quinta-feira, 11 de junho de 2009

Quid Iuris se...

A., de nacionalidade espanhola, vai pela rua fora e encontra B., nacional da Letónia, e decidem casar, já que estavam a viajar, na Suíça. Vão viver alegremente para a Finlândia, têm 5 filhos na Rússia, e possuem imóveis nos Estados Unidos e Canadá.

Diga, à luz das normas de conflito portuguesas, qual a lei aplicável à sucessão de A., que antes de morrer, amancebou-se com C., cidadã eslovena, residente na região da Cornualha, e teve 3 belos filhos, todos nascidos na França, sabendo que :

Espanha adopta o sistema da devolução simples.

No Reino Unido e nos Estados Unidos não existe direito interlocal ou DIP unificado, e a Suíça não se consegue decidir.

A Letónia é antidevolucionista.

A Finlândia pratica a forein court theory.

Portugal não é tido nem achado na questão, mas acontece que um dos milhentos filhos do A. veio cá de férias e decidiu, dada a celeridade da justiça portuguesa, intentar cá a acção.

A Rússia, por uma questão de segurança, não revela o sistema praticado.

O Canadá faz tudo o que a França fizer.

A França diz que sim.

A Eslovénia não sabe porque raio tem que ser metida ao barulho, e que não paga nada a ninguém.


Solução : se não andassem a fazer filhos e propriedades na terra dos outros, se se deixassem ficar quietinhos cada um em seu canto, e não andassem a provocar estragos em cada canto pisado, já nada disto aconteceria.
E o DIP não serviria para nada.
E os finalistas teriam um final de vida académico pacífico.
E a vida teria outra cor.

2 comentários:

A info-excluida disse...

andaram os portugueses a cruzar mares, a criar laços alem-fronteiras, para a bona mater familias chegar e acabar com o orgulho nacional (que anda bem por baixo, por sinal).
a falta de patriotismo é triste...
afinal, relacionar-nos com a estrangeirada foi a unica coisa que soubemos fazer minimamente bem

Diligentia disse...

Oh, bard*m*rda, sim? Desde que existe essa mania de espalhar filhos e fé cristã pelo mundo que existe necessidade de haver DIP, logo não há alegria patriótica nenhuma nisto!