sexta-feira, 6 de março de 2009

Discurso

Este deveria ser um espaço em que se fala de tudo sem nada se mostrar em concreto. Um espaço em que num nickname protege quem gasta as pontas dos dedos a revelar pensamentos e mostra a sua visão do mundo, sem nunca se saber muito bem quem de facto está por trás de tantas palavras, se uma pessoa com identidade se uma personagem criada para o efeito.
Hoje mostra-se um pouco da pessoa e da identidade por trás da tela negra.

Diligentia completou ontem 23 anos. Ainda sem o peso da idade sobre os ombros, foi embrulhada numa história fantástica que pretendia encobrir um feito magnífico, que andava a ser preparado, sem seu conhecimento, há mais tempo do que se possa imaginar. Amigos e Família preparavam uma surpresa para finalizar o seu dia de aniversário, escondendo tudo até à última da hora para que fosse tudo perfeito. Amigos e Família concretizaram um plano maquiavélico para que nada fosse revelado antes do tempo, para que o efeito fosse ainda maior.
Diligentia completou ontem 23 anos, começando o seu caminho para os 24 de uma forma mais, muito mais rica, mais colorida, mais bonita do que alguma vez podia imaginar.
Diligentia viu reunidos na sua casa todos aqueles que fazem parte da sua vida com um relevo maior, com o intuito de celebrar mais um ano que passa. Viu o esforço de muita gente empenhado num momento que vai ficar para sempre marcado e recordado como a mais e melhor manifestação de amizade e amor alguma vez feita.
O que eles desconhecem é que Diligentia teve vontade de chorar do princípio ao fim, não de tristeza ou pesar, mas de pura felicidade e reconhecimento pelo gesto, que jamais irá esquecer, e por não saber ao certo que terá feito para merecer tamanha homenagem.
O discurso saiu mal feito e incoerente, repetitivo, não pela falta de palavras, mas pelo espanto e esmagamento causado por tão grande impacto; a arte que ainda me resta reside mais nas palavras escritas que faladas, e por isso há que fazer um discurso à altura, escrito, tentando que os vocábulos estejam a altura de para quem se dirigem.

Obrigado. Muito obrigado.
A todos.
Por não terem faltado à chamada e ao trabalho de esconderem tudo para que tudo fosse perfeito.
Por terem querido vir de longe para festejar um aniversário de alguém que não fez nada para merecer tal homenagem.
Por terem querido estar presentes num momento inesquecível.
Aos mentores e organizadores, duas personagens mais que importantes, obrigado é dizer pouco. Gratidão e reconhecimento que nunca saberei ou poderei alguma vez expressar. Gesto que ficará sempre presente na memória, ao qual me curvo respeitosamente, expressando todo o carinho que tenha cá dentro.
Ao intermediário, todo o mérito possível, por tudo ter feito sem que desse por isso, que me deu uma tarde inesquecível sem nunca deixar antever um desfecho destes, e para o qual nunca existem palavras que descrevam todos os gestos.

Parece que Diligentia tem uma memória mais profunda do que é aconselhável, consta por aí.
Pois Diligentia jamais esquecerá a noite de ontem.
O gesto.
As palavras.
A reunião.
O esforço do secretismo.
A magnitude do impacto.

Obrigado.
Muito Obrigado.

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